segunda-feira, 16 de maio de 2016

A missão do Espírito Santo na Igreja

Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho para Ele a realizar na terra, no dia de Pentecostes foi enviado o Espírito Santo para santificar continuamente a Igreja e assim dar aos crentes acesso ao Pai, por Cristo, num só Espírito. Ele é o Espírito da vida, a fonte da água que jorra para a vida eterna; por Ele, o Pai dá vida aos homens mortos pelo pecado, até que um dia ressuscite em Cristo os seus corpos mortais.


O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis, como num templo; neles ora e dá testemunho da adoção filial. Com diversos dons hierárquicos e carismáticos dirige a Igreja e leva-a ao conhecimento da verdade total, unifica-a na comunhão e no ministério, e enriquece-a com os seus frutos. 

Com a força do Evangelho faz rejuvenescer a Igreja, renova-a constantemente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo. Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: «Vinde!».

Assim se manifesta a Igreja como um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. [...]
Além disso, o Espírito Santo não só santifica e dirige o povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas distribuindo a cada um os seus dons como lhe apraz, concede também aos fiéis de todas as classes graças especiais, que os tornam aptos e disponíveis para assumir as diversas obras e missões úteis à renovação e maior incremento da Igreja, segundo aquelas palavras: A cada qual se concede a manifestação do Espírito em ordem ao bem comum.

Estes carismas devem ser recebidos com ação de graças e consolação, pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja.


Constituição dogmática Lumen gentium
Concílio Vaticano II, sobre a Igreja (Nn. 4. 12) (Sec. XX)

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