Junho chegou. De manso, com esse frio que parece congelar a própria alma. Tempo de festanças, de aconchego familiar e de uma boa dose de vinho tinto para esquentar as veias. Vamos às festas! Pois não serão poucas neste mês: Corpus Christi, Santo Antônio, Dia dos Namorados, Dia do Sagrado Coração de Jesus, e de São João com as fogueiras iluminando as noites de nossos quarteirões. Se no Carnaval as ruas são tomadas pelo calor do samba, em junho, são as fogueiras de São João que, com suas labaredas subindo para o céu, aquecem foliões, bêbados e enamorados. No Dia de Corpus Christi, as ruas, enfeitadas com roupas novas para o sagrado cortejo do Ressuscitado, nos convidam para pensamentos mais elevados ou para estradas que conduzem ao Infinito. Santo Antônio, santo simpático, não se aposentou, continua dando expediente e abençoando solteironas encalhadas, que ainda não perderam a esperança de conseguirem um bom casamento. Mas é bom que se diga que santo casamenteiro nestes tempos difíceis não tem tido muita ocupação. O dia dos namorados chega meio sem graça! Lá isso é verdade! Com tanto namoro por aí ao longo de 365 dias para que mais um dia especial? A festa do Sagrado Coração, celebrada no ambiente recolhido de nossas igrejas e oratórios, é um convite para se fugir das ilusões passageiras da vida ou para se redimensionar valores que a juventude, em sua busca de prazeres, costuma aceitar como se fossem eternos. Resta-nos, enfim, lembrar a sabedoria do autor de Eclesiastes que, considerando tudo vaidades das vaidades, pelo menos, nos despertou o gosto pelas coisas boas da vida: “Então cheguei a esta conclusão: a melhor coisa que uma pessoa pode fazer durante a curta vida que Deus lhe deu é comer e beber e aproveitar bem o que ganhou com o seu trabalho. Essa é a parte que cabe a cada um” (Ecl 5,18).
Pe. Alzir Sales Coimbra
Ao Edvan e Adriano e à Pascom de São José do Alegre minhas felicitações pelo blog da Paróquia.
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