sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cristo aos pedaços


Não querem Jesus, querem a parte suave de Jesus. Não querem o Cristo, querem a parte agradável do Cristo. Não querem a cruz, querem a parte menos dolorosa da cruz. Não querem o manto, querem a parte mais bonita daquele manto. Não querem a Bíblia, querem parte dela: a que prova que estão certos. Assim agem muitos cristãos. Assim talvez nós ajamos.


Alguns cristãos continuam querendo o melhor lado do trono, o primeiro lugar, lugar de vencedor, o melhor lugar à mesa do Senhor, o lugar mais visível do púlpito e do altar, o melhor som e os melhores holofotes, a melhor divulgação mesmo que o seu produto não seja lá tão eclesial alguma badalada a mais do sino que toca para a sua chegada uns segundos a mais de aplausos, ou algum balanço a mais do turíbulo. O perigo ronda a todos nós que lidamos com a mídia e com a multidão.

E há quem, como Simão o Mago, (At 8,9-24) faz qualquer coisa para ser chamado de apóstolo ou de profeta. Paga o seu caminho pela mídia, sabendo que, se não o fizer, ninguém o chamará.  Então ele se chama e se projeta.

Se não tomarmos cuidado, aparecer em nome da religião poderá tornar-se, sem que nos demos conta, obsessão e doença: acabamos comendo, bebendo e dormindo publicidade em nome da fé. E pensamos que é virtude. Pode parecer zelo, mas não é.

Há um ponto em que o anúncio da fé, que até então era coisa de missionário desapegado, se transforma em coisa de fanático ou em alta fonte de lucro. Depende do conteúdo, da obsessão e da ênfase que dá ao que anuncia. É tentação corrente em todas as igrejas. Ate que ponto se pode cobrar pela Palavra? Pode o empresário cobrar duas vezes mais do que o pregador? Até que ponto se pode arrecadar e quanto a arrecadação é demais?

Quando o pregador começa a falar sempre na primeira pessoa e deixa claro que não ouvirá a ninguém mais senão a Deus, estamos diante não de um santo, mas de um obcecado. Não consegue mais anunciar o Cristo sem, primeiro, se anunciar longamente. Quando gosta muito de falar de si mesmo, de contar suas histórias pessoais e de dizer que Jesus lhe disse ou está lhe dizendo alguma coisa convém que os amigos o alertem, se é que ele ainda ouve algum amigo.

Serve para mim, para os outros, serve para nós que subimos ao púlpito. Se insistimos em ficar apenas com a parte que nos interessa, nossa Bíblia encolherá, porque o cérebro já de há muito que encolheu!.

Enquanto não entendermos que aquele livro também fala contra nós não o teremos entendido. Jesus deixa claro que cobrará mais de quem diz que sabe mais sobre Ele! (Mc 12,40) ( Mt 24,24-26) Não merecem confiança. Disse que não reconhecerá quem na terra contou vantagem e fingiu ser seu confidente e quem serviu-se do seu nome ao invés de servir o seu nome. (MT 24,5) ( Mt 7,15-23)

Procura-se urgentemente uma ascese e uma sólida teologia da comunicação! Deveria ser matéria obrigatória em todos os seminários e cursos de catequese!


Fonte: Edições Paulinas

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

As obras de misericórdia são o melhor antídoto ao vírus da indiferença - Papa Francisco


Não se trata de realizar grandes esforços ou gestos sobre-humanos. Jesus nos indica uma estrada muito mais simples, feita de gestos pequenos, mas de tão grande valor aos Seus olhos, sobre os quais seremos julgados.

As que socorrem as pessoas nas suas necessidades materiais são chamadas obras corporais:

dar de comer, dar de beber, vestir os nus, abrigar os peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos.


Mas há também as sete obras de misericórdia espirituais:

dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos.

OBRAS SIMPLES, MAS URGENTES

“Num mundo infelizmente ferido pelo vírus da indiferença, as obras de misericórdia são o melhor antídoto. De fato, nos educam à atenção para as exigências mais elementares dos nossos irmãos mais fracos, nos quais Jesus está presente. É sempre Jesus que está presente no necessitado. Reconhecer a sua face em quem está na necessidade é um verdadeiro desafio contra a indiferença.”

Com frequência, estamos distraídos, indiferentes, e quando o Senhor passa perto de nós, perdemos a ocasião de encontrá-Lo. Por isso, as obras de misericórdia despertam em nós a exigência e capacidade de tornar viva e operosa a fé com a caridade.

“Estou convencido de que com esses simples gestos cotidianos podemos realizar uma verdadeira revolução cultural. Se cada um de nós fizer pelo menos uma obra de misericórdia por dia, teremos uma revolução!”

Santa Teresa de Calcutá, não é lembrada pelas muitas casas que abriu no mundo, mas porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe devolver a dignidade.

“Que o Espírito Santo acenda em nós o desejo de viver com este estilo de vida. Pelo menos uma obra por dia. Aprendamos novamente de cor as obras corporais e espirituais de misericórdia e peçamos ao Senhor que nos ajude a colocá-las em prática todos os dias. É o momento em que vemos Jesus numa pessoa que está necessitada.”

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Nossa Senhora Aparecida

No longínquo ano de 1717 uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no Rio Paraíba. Primeiro apareceu o corpo e em seguida a cabeça da imagem…

Nossa Senhora Aparecida


Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
Os três pescadores, Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, encontraram a imagem da Virgem. Primeiramente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem, e depois, mais abaixo, a sua cabeça!
Felipe Pedroso, por ser o mais velho, levou para casa a imagem diante da qual ele e a família começaram a rezar. Aos poucos o povo começou a afluir em grande quantidade à pequena casa do pescador, a fim de pedir graças e milagres à Virgem que “apareceu” nas águas do rio. Assim começou a devoção à Padroeira do Brasil.
Nos dias de hoje, quando entramos na sala dos milagres da majestosa Basílica de Aparecida e vemos todas as manifestações de gratidão dos peregrinos e devotos, nos vêm à mente todos os favores que a Mãe da família brasileira concedeu a seus filhos ao longo de quase três séculos…. Nos momentos de aflições e dificuldades, nas horas tristes e sofridas, Maria sempre ouviu as preces do povo brasileiro.
Temos a firme convicção de que hoje, mas até do que no passado, a intercessão e o amparo de nossa Padroeira são urgentes e necessários. Peçamos, pois, a Nossa Senhora da Conceição Aparecida que abençoe e proteja a família brasileira para que nela habitem a fé, a esperança e a caridade, e para que ela possa se mirar de exemplo da Sagrada Família de Nazaré.

O Conde, os pescadores e uma imagem


Rezam as crônicas da época, que em 1717 Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, com grande comitiva, viajou de navio da Corte a Santos. Daí, a cavalo subiu até São Paulo, onde tomou posse do governo, e seguiu rumo à minas de ouro.
Em Guaratinguetá, permaneceu de 17 a 30 de outubro. O Conde foi recebido com a pompa e a circunstância possíveis, incluindo suculentos banquetes em que os habitantes lhe proporcionaram o melhor da culinário local.
Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica

Não podendo faltar os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul, a Câmara Municipal, convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessária boa quantidade de peixes. Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, os animais aquáticos não queriam aparecer. Apareceu, sim, na rede de João Alves, primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, mais abaixo, sua cabeça!
Isso será um sinal? Católicos zelosos que eram, guardaram na canoa o precioso achado, e continuaram lançando as redes.
Surpresos, viram repetir-se o fato dezoito séculos atrás no mar da Galiléia: a canoa se encheu de tanto peixe que quase afundou! Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, em boa hora aparecida no rio, na altura do Porto de Itaguaçu.
O que ocorreu “em todas as condições para ser a descrição de um fato real, um milagre (…) É certo que, para aqueles pescadores, acontecera algo de extraordinário, tanto assim que recolheram os dois pedaços da imagem e os guardaram. Sem dúvida, houve um sinal visível de Deus e os pescadores acreditaram nele.

O milagre das velas e outros prodígios


Felipe Pedroso, por ser o mais velho, levou para casa a imagem, diante da qual ele e a família começaram a rezar, dando início a uma sequência de fatos extraordinários que se repetiram até hoje.
O primeiro milagre atribuído à imagem se deu numa noite serena e silenciosa: enquanto a família e vizinhos “cantavam o terço”, duas velas se apagaram sem que ninguém as soprasse, e se acenderam sem que pessoa alguma colocasse fogo nelas.
A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora.
Era costume, naquela época de robusta fé, as famílias vizinhas se reunirem aos sábados para rezar o terço e outras orações, e entoar cânticos em louvor da Imaculada Conceição de Maria. Nessas reuniões familiares, além do relatado acima, houve várias manifestações extraordinárias: o nicho com a imagem passou a tremer, esta quase caiu e as velas se apagaram; no móvel onde se encontrava a imagem, várias pessoas ouviram estrondos, repetidas vezes.

Tesouro para o povo brasileiro



Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
Além dos três pescadores já citados, há outras pessoas muito relacionadas com os primeiros fatos da devoção à imagem, e são citados em documentos daquele tempo: Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, mãe de João e irmã de Felipe; Atanásio Pedroso, filho de Felipe, e Lourenço de Sá. Todos eles viviam na região do encontro da imagem, e com suas famílias, foram os primeiros a lhe prestar culto.
A imagem peregrinou durante bom tempo pelas casas dos pescadores, até se fixar em Itaguaçu, lugar do seu encontro, na residência de Atanásio Pedroso, que construiu-lhe um oratório e um altar de madeira, onde, todos os sábados, grupos de famílias iam rezar o terço. Era a maneira de a devoção popular mostrar seu amor e gratidão à excelsa Mãe e suplicar-Lhe proteção. Concomitantemente foram aparecendo adornos na imagem, como mantos e coroas, cada vez mais elaborados à medida que aumentavam os devotos.
Em Itaguaçu, Atanásio Pedroso recebeu de seu pai a imagem como legado da família. Percebe, no entanto, anos depois, que ela não mais lhe pertencia (…). Ao lhe construir um oratório e um altar, Atanásio mal se dava conta que estava entregando seu tesouro para o povo brasileiro. Daí em diante a imagem não seria objeto de uma devoção familiar apenas, mas sim do culto de uma Nação. Devoção esta que marcaria profundamente sua religiosidade e contribuiria para conservar a fé e sua fidelidade à Igreja.
A imagem representa a Imaculada Conceição, é de terracota, medindo 38cm., mas nunca se soube ao certo qual sua origem. Sendo uma escultura artesanal, tem nos lábios um discreto sorriso, no queixo uma covinha; flores prendem-lhe os cabelos, e um diadema com três pérolas enfeita-lhe a testa. A seus pés a meia lua e a cabeça de um anjo, na descrição de Mafalda Boing.

A capelinha


Os milagres reforçaram enormemente a nova devoção popular, já com a invocação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
As casas ficaram pequenas para os muitos devotos, e com o apoio decisivo do Padre José Alves Vilela, Pároco da Paróquia de Santo Antônio, de Guaratinguetá, foi construído uma capelinha, Era situada no Itaguaçu, à beira da estrada, num importante entroncamento por onde passavam constantemente caravanas de viajantes. Isso favoreceu a divulgação dos prodígios, aumentando rapidamente o número de devotos.

Mas o fator decisivo mesmo era o lenitivo espiritual. “Formou-se a religiosidade dum povo, que invocando-a sentiu que a chama de sua fé, à semelhança da chama das velas do primitivo oratório, sempre se reacendia novamente com as graças e os dons recebidos”.

Correntes da escravidão se estatelam no chão


Assim como São Pedro na prisão teve as correntes arrebentadas e foi libertado (At 12, 3-7), no final do século dezoito “um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de colta à fazenda pelo patrão, ao passar diante da capela, pediu-lhe que permitisse subir até à igreja para fazer oração. Enquanto estava em oração diante da imagem, as correntes se soltaram de seu pescoço e de seus pulsos, caindo por terra. Comovido com o sucedido, o fazendeiro o resgatou, depositando no altar o preço do escravo, e o conduziu para casa como um homem livre”
A queda das pesadas correntes que prendiam o escravo Zacarias pelo pescoço e pelos pulsos é um eloquente testemunho do poder de intercessão de Maria Santíssima para desatar das prisões do pecado as pessoas arrependidas.

Devoção mariana, igreja, povoado


Tal como o caminhar da gota de azeite na folha de papel, a devoção mariana sob a nova invocação foi ganhando espaço no mapa brasileiro. Isso significava mais romeiros apinhados na tosca e pequena capela.
E sinalizava, por outro lado, que já havia chegado a hora de se conseguir a aprovação episcopal do culto a Nossa Senhora Aparecida, bem como autorização para se construir sua igreja. O zeloso Pe. Vilela se pôs a campo, conseguindo as ditas licenças, e o novo templo foi levantado no Morro dos Coqueiros, sendo inaugurado em 1745, apenas 28 anos após o encontro milagroso da imagenzinha.
Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
De casa nova, nossa Santa continuou a acolher as famílias devotas: adultos, jovens, crianças, gente simples, gente importante. Até a Princesa Isabel, o Conde d’Eu, seu marido e os três filhos se associaram às Marias, aos Josés, aos Manuéis, às Aparecidas que começavam a surgir, para saudar a augusta Anfitriã, beijando a imagem e rezando o terço a seus pés. Como quem procura a Mãe encontra também o Filho e José, era a sagrada Família de Nazaré acolhendo as famílias brasileiras!

Mas algumas não se contentaram só com visitas. Optaram por morar pertinho da Mãe, surgindo assim o povoado “Capela da Aparecida!”, hoje cidade de Aparecida. O já citado Pe. Vilela testemunha que a Virgem favoreceu a todos os moradores com muitas graças e milagres. Em 1748 sacerdotes pregadores destacaram que os frutos das missões nesse povoado foram dos melhores: “(…) a alegre e jubilosa esperança de salvação que todos encontram em cristo pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

Romarias de todas as partes


As romarias que se iniciaram no tosco oratório do Porto de Itaguaçu continuaram a partir de 1745, na igreja do Morro dos Coqueiros, que a voz do povo batizou de santuário, bem antes de “pais e filhos, parentes e amigos, vinham unidos no mesmo propósito de honrar e venerar a querida Imagem”.
Personalidades estrangeiras de destaque, como o cientista alemão Karl von Martius, o botânico francês Augusto de Saint Hilaire e o jornalista português Emílio Zaluar, deixaram depoimentos escritos, atestando a existência das romarias e o consequente poder de atração da imagem. Em 1861, Zaluiar “notou a fé e a alegria contagiante da multidão dos peregrinos. E deu a razão, escrevendo: “A imagem de Nossa Senhora Aparecida, que refulge no altar-mor, parece sorrir a todos os infelizes que a invocam, e a quem jamais negou consolação e esperança.”
Em 1884, a 4 de janeiro, o jornal “Correio Paulistano” estampou matéria sobre as romarias oriundas de todo o Império, ressaltando o articulista as saudades que ele sentia do tempo de menino, participando daquelas pias viagens junto com sua família: “Antigamente as Romarias à Capela da Aparecida tinham muito de pitoresco; eram as famílias que se moviam lentamente com os filhos pequenos, os pajens, os camaradas, as mucamas, e o armazém ambulante às costas dos cargueiros”. E observa que, com as mudanças nos hábitos causadas pela estrada de ferro, “acabou-se o encanto daquelas pias viagens”.

A nova devoção, refúgio para o povo


O sentido espiritual das idas à Capela era muito marcante. Buscava-se curas físicas, é verdade, mas o principal motivo era a devoção, o cumprimento de promessas, exteriorizados com gestos e atitudes: beijar a imagem, aproximar-se de joelhos até o altar, limpar a igreja, percorrer de joelhos a rua que dá acesso à mesma, viajar em silêncio, observar jejum, dar esmolas ou joias à Capela, ajudar os pobres.
Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica

Costume curioso: pessoas de posses faziam a promessa de dar a Nossa Senhora um de seus escravos, caso alcançasse a graça desejada. Conseguido o favor, o cativo era libertado e ficava fazendo, de muito boa vontade, trabalhos agrícolas ou outros para o Santuário; alguns que tinham dotes musicais abrilhantavam as cerimônias, pois chegavam a ser organistas “de orelha, “ ou seja, nunca ter estudado música”.
Em 1897, um douto sacerdote, Pe. Valentim von Riedl dá esse importante testemunho: “É comovente verem’ se senhores e senhoras assistirem de joelhos até três missas em cumprimento de promessa; mais ainda, quando se arrastam de joelhos até o altar da Virgem, ou varrem a igreja, ajuntando as ricas senhoras na ponta de seus longos vestidos o lixo e levando-o para fora. D e fato é uma fé viva e filial, havendo casos de família se privarem de tudo para dar a Nossa Senhora, (…) uma devoção generosa, um amor pronto aos sacrifícios”. E continua seu comentário, ressaltando a influência do culto na vida do povo, afirmando que Maria domina de fato, como Senhora, toda região, e que “esse amor e essa devoção foram a proteção contra a descrença e se tornaram o filão de ouro de sua perseverança na fé católica. Sem esta devoção, teria o povo caído na mais completa indiferença religiosa (…) A razão fundamental, porém, foi a mensagem de esperança e salvação que a Mãe de Deus comunicava a seus filhos abandonados e carentes de assistência religiosa (…) o povo se refugiou na devoção a Nossa Senhora Aparecida.
Historicamente – segundo o Pe. Brustoloni – essa falta de assistência religiosa se deveu, pelo menos em grande parte, ao fato de que o Estado, durante quase um século, interferia nos assuntos da Igreja do Brasil, limitando-lhe a liberdade. O governo das dioceses, paróquias e ordens religiosas, bem como a formação de novos sacerdotes ficaram prejudicados, o que dificultou o desabrochar da vida cristã do povo.

Citemos dois exemplos da própria Capela da Aparecida:
1) o dinheiro das generosas esmolas dos devotos era administrado por funcionários do governo, pois estes detinham a gerência da capela.
2) passaram-se 50 anos sem que fosse pregada nenhuma missão.

Missionários alemães põem a casa em ordem…


Após 1889 foi normalizada essa situação, e pôde-se iniciar a renovação na fé e na disciplina, tão almejada pela Igreja. Como os sacerdotes eram – pelos motivos expostos – poucos e insuficientemente empenhados na evangelização, os bispos recorreram às congregações religiosas europeias.

Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
E para a Capela de Aparecida, vieram da Alemanha, em 1894, dois padres redentoristas e três irmãos leigos. Com o carisma missionário que lhes é característico, os zelosos filhos de Santo Afonso de Ligório se adaptaram logo. Às peculiaridades de nosso povo, e começaram a dar vida nova à comunidade aparecidense. Esta correspondeu às expectativas, tributando-lhes toda admiração e apoio.
Com a chegada dos padres alemães – observa Zilda Ribeiro – tudo mudou no Santuário e na Paróquia de Aparecida. Em 1897 o Pe. Valentim von Riedl escrevia: “Antes da nossa chegada não havia culto organizado, não havia missa diariamente e muito menos se atendiam confissões.”
Os metódicos alemães instituíram horários para as missas, confissões e atendimentos, e colocaram ordem nas procissões, etc. Sobretudo tocaram os corações dos fiéis com o pão de uma palavra autenticamente evangélica mais simples, que até os mais rudes entendiam. Seus louvores a Nossa Senhora eram muito apreciados pelo povo.
Os redentoristas reforçados com a chegada de mais colegas fundaram um seminário e puderem promover missões nas cidades e povoados vizinhos, irradiando assim a renovação espiritual sobre o bom povo de Deus.
E sobretudo foram consolidando o Santuário como o nosso mais importante centro de peregrinação, o que desfechou na solene coroação da imagem em 1904. O título de basílica é dado ao Santuário em 1908. Novo templo construído, de 1955 a 1980, sendo chamado de Basílica Nova.

Inúteis manifestações de ódio


Como não poderia deixar de ser, os que não gostam de nossa Mãe celeste deixaram as marcas de seu ódio gratuito.
1 -Um deles foi um homem de Cuiabá, que se dizia ateu, e quis entrar a cavalo na igreja para desafiar Nossa Senhora, mas não conseguiu. As patas do animal grudaram-se nas pedras. Ele pediu perdão a maria e dirigiu-se, contrito, à imagem para rezar. Isso foi em 1866.
2 – A quebra da imagem na Basílica Velha, em 1978, por um jovem protestante, comoveu o País, e só fez aumentar o amor dos brasileiros à sua Mãe, que a reentronizaram com manifestações de fé e entusiasmo.
3 – O sacrílego pontapé que um pastor “evangélico” desfechou numa imagem de Nossa Senhora Aparecida, em pleno programa televisivo, em 1995, abalou a Nação, mas não a devoção do seu povo.

Torrentes de milagres: os ex-votos


Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora saída das águas, para brasileiras e brasileiros de todas as classes, raças e idades. Desde a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: “Mamãe, que bonita igreja!” até a mulher que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984.
Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
Mas quem quiser ler esse relato, vá até enorme Salão das Promessas, e consulte o livro sem palavras que existe lá: os milhares de ex-votos, ou sejam objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos. Aqui, um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; lá, a escultura de um braço miraculado; acolá, peça de carro do acidente fatal que não matou; ao lado, desenho de uma máquina quase assassina.
Quantos dramas envolvendo famílias inteiras, que nossa Mãe Aparecida solucionou, “estendendo seu olhar sobre nós e nosso lar”. Saibamos ver os oceanos de misericórdia que estão por detrás desses ex-votos.

Os Papas e Aparecida


Com alegria mencionamos que a instituição de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil foi feita pelo Papa Pio XI em 1930. E que o Papa Paulo VI, em 1967, lhe ofertou uma rosa de ouro.
Além dos milhares de peregrinos que por lá passaram, inúmeras foram as personalidades importantes que vieram se ajoelhar aos pés de nossa querida Mãe e pedir graças. Entre estas, ao mesmo tempo que rezaram, prestigiaram o Santuário com suas honrosas presenças, os Papas:
João Paulo II, que veio em julho de 1980, e nos deixou esse precioso testemunho: “Aqui pulsa, há mais de dois séculos, o coração católico do Brasil. Meta de incessantes peregrinações vindas de todo o país, Aparecida é como disse alguém, a “capital espiritual do Brasil”.
Bento XVI que, falando à nossa juventude em maio de 2008, enfatizou: “Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio”.

Conclusão: confiar e Orar


Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
O que está por trás do poder de atração dos santuários marianos? O esplendor das cerimônias? A beleza das imagens?
Alguns santuários têm origem em aparições de uma senhora esplendorosa, que traz para o povo mensagens, fonte de águas milagrosas ou a própria efígie estampada em tecido. E até cenas grandiosas, como a dança do sol presenciada por uma multidão. Mas, por que Aparecida atrai tanta gente? A imagem é pequena e simples, achada num rio, sem nenhuma mensagem nem nada.
Você, que acabou de ler estas linhas, ou você, que conhece a Sala das Promessas em Aparecida, facilmente encontrará a explicação: paralíticos que passam a andar, surdos que recuperam a audição, cegos livres da cegueira, etc. São milhares de depoimentos em forma de ex-votos, carregados de gratidão a nossa Mãe Aparecida!
Mas, não é para menos, pois Ela aprendeu numa escola divina, a escola de Jesus que passou a vida fazendo o bem. Ou seja, é mais uma prova do poder divino, que através de uma simples e rústica imagem de Maria, realiza prodígios!
Prova também a predileção por nosso povo, por nossas famílias. E é uma garantia de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os habitantes deste imenso Brasil, sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. A palavra confortadora é confiança! (A Padroeira, os milagres e as famílias, Pe. Luiz Alexandre de Souza)

Nossa Senhora Aparecida - Mãe e Padroeira da família brasileira - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica
Fonte:
Arautos.org - Associação Arautos do Evangelho do Brasil - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Os benefícios da Oração da Ave-Maria


Pouca gente sabe… Como é excelente a oração da Ave-Maria

A Ave-Maria é conhecida como "Saudação Angélica", pois os primeiros versos da oração foram ditos pelo Anjo do Senhor, na ocasião da Anunciação. Considera que entre todas as orações que a Igreja dirige à Santíssima Virgem, a mais excelente, a mais aceita, e a mais útil é a Ave-Maria.

Ela é a mais excelente considerada em si mesma; porque foi composta, por assim dizer, pela Santíssima Trindade e pronunciada a primeira vez pelo Arcanjo Gabriel, e depois por Santa Isabel, então cheia do Espírito Santo.

Pelo que o Bem-aventurado Alano afirma que a Saudação Angélica, pela sua excelência, alegra todo o Céu, enche a terra de prodígios, faz tremer e põe em fuga o demônio.

Em segundo lugar, ela é a mais aceita ao Coração da Virgem, pois, quando dizemos Ave-Maria, parece que se lhe renova o prazer que sentiu quando lhe foi anunciado que havia sido eleita para Mãe de Deus.


Mais, pela Ave-Maria, mostramos que tomamos parte em sua felicidade, lembrando-lhe as suas grandezas. Disse a mesma divina Mãe a Santa Mechtildes, que nada lhe podia ser mais honroso e mais agradável do que a oferta frequente da saudação do Anjo.

Finalmente, a Ave-Maria é, depois da Oração Dominical (o Padre-nosso), a mais útil para nós, porque, quem saúda Maria, será também por Ela saudada.

São Bernardo ouviu uma vez distintamente saudar-se por uma imagem da Virgem, que lhe disse: Ave, Bernardo; e a saudação de Maria, diz São Boaventura, consistirá numa graça especial.

“Com efeito”, pergunta Ricardo, “como poderá a divina Mãe negar a graça a quem a invoca com uma oração tão sublime?”.

Em suma, Maria mesma prometeu a Santa Gertrudes tantos auxílios para a hora da morte, quantas Ave-Marias ela tivesse rezado; e são inúmeros os fatos que o confirmam.

Quando se deve rezar…?

A prática do obséquio tão excelente, tão aceito e tão útil, da Ave-Maria, seja: em primeiro lugar, recitar a cada dia, pela manhã e à noite, ao levantar e deitar-se na cama, três vezes a Ave-Maria, com o rosto em terra ou ao menos de joelhos, acrescentando à cada Ave esta jaculatóriaPela tua pura e Imaculada Conceição, ó Maria, faze puro o meu corpo e casta a minha alma.

Depois pedir a bênção a nossa boa Mãe, conforme sempre praticava Santo Estanislau; e em seguida, pôr-se debaixo do manto de Nossa Senhora, pedindo-lhe que nos guarde de cair em pecado, naquele dia, ou noite que se segue. Para este fim convém ter perto da cama uma bela imagem da Virgem.

Segundo, dizer o Anjo do Senhor, com as costumadas três Ave-Marias, pela manhã, ao meio dia e à noite. Os religiosos podem nesses três tempos renovar mentalmente seus votos, como costumava fazer São Leonardo de Porto Maurício.

Em terceiro lugar, saudar a Mãe de Deus com uma Ave-Maria quando se ouve tocar o relógio, ou cada vez que se passa por diante de uma imagem da Virgem.

Finalmente, dizer sempre uma Ave-Mariano principio e no fim de cada ação, quer espiritual, como a oração, a confissão, a comunhão, a leitura espiritual e outras semelhantes; quer temporal, como estudar, dar conselho, trabalhar, ir para a mesa, para a cama, etc.

Felizes as ações que ficarem compreendidas entre duas Ave-Marias.

– Assim digamos também a mesma oração, quando acordamos pela manhã, quando adormecemos, em qualquer tentação, perigo, ímpeto de ira a semelhantes. Amado leitor, pratica isso e verás a suma utilidade que para ti resultará daí.

“Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”.

Fonte: aascj.org.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Mensagem de Deus pra você...


Conheço teu medo, a tua felicidade e os teus sonhos. Conheço tua estrada e sei exatamente o teu destino. Conheço-te por dentro…
E sem que tu tenhas que me pedir, eu entendo o que tu queres. Conheço o teu sorriso, e sei tudo que está dentro do teu coração. Conheço e te reconheço em qualquer lugar…
Sei do teu amor, da tua saudade, dos sonhos que movimentam a tua vida e da esperança que te faz lutar. Amo-te pelo que tu és, e para mim, és um ser valioso. Amo-te, mesmo quando perdes a confiança em mim. Amo-te, mesmo sem saberes… Acompanho-te desde sempre! Estou ao teu lado mesmo quando pensas que te abandonei…
Vibro em cada minuto da tua felicidade. Choro com cada lágrima tua. Sofro com toda a tua dor, e te estendo as mãos a todo momento, embora muitas vezes teimes em não me pedires ajuda, mesmo assim, continuo a te proteger…
Conheço-te e sei que és muito especial, como é especial cada filho meu, mas cada um com as suas diferenças, ainda assim o meu amor é incondicional, e ele é o maior amor do mundo. Conheço-te, porque eu te criei…
Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. (Salmo 46:10)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz - Papa Francisco


“Misericórdia é que eu quero, e não sacrifício”. Partindo desta máxima de Jesus no contexto bíblico da vocação de Mateus, o Papa afirmou durante a Audiência geral desta quarta-feira, (13/04), que qualquer atitude religiosa que não provenha do arrependimento é ineficaz. “Todos necessitamos da misericórdia de Deus, origem da nossa salvação”, disse Francisco.

Mateus era coletor de impostos e, por isso, um pecador público. Contudo, sua verdadeira vocação se confirma com o chamado do Mestre, porém isso não o torna perfeito.

“É verdade que ser cristão não nos faz impecáveis. Como Mateus, o publicano, cada um de nós se entrega à graça do Senhor apesar dos próprios pecados. Todos somos pecadores, todos pecamos. Uma vez, ouvi um provérbio tão bonito: não há santo sem passado, e não há pecador sem futuro. É bonito isso, isto é o que faz Jesus”, recordou o Pontífice.


Muro que nos separa de Deus

Todavia, recordou Francisco, é preciso superar uma barreira que nos afasta de Deus e que, por muitas vezes, parece intransponível:

“A vida cristã é uma escola de humildade que se abre à graça. Tal comportamento não é compreendido por quem tem a presunção de se achar ‘justo’ e melhor do que os outros. Soberba e orgulho não permitem que reconheçamos a nossa necessidade de salvação, aliás, impede de ver o rosto misericordioso de Deus e de agir com misericórdia. São um muro, a soberba e o orgulho, são um muro que impedem a relação com Deus”.

Os pecadores, todos, sem exclusão – reforçou o Papa – também têm a oportunidade de serem curados pelo poder “restaurador de Deus” que não conhece limites. “E isso nos deve dar confiança para que Jesus venha e nos cure!”, exclamou o Pontífice.

Médico Divino

Francisco refletiu então sobre Jesus que se apresenta como Médico Divino, com dois medicamentos que restauram e nutrem: a Palavra e a Eucaristia.

“Com a Palavra, Ele se revela e nos convida a um diálogo entre amigos: Jesus não tinha medo de falar com os pecadores, os publicanos, as prostitutas. Não tinha medo, amava todos”, disse o Papa ao advertir:

“Às vezes, esta Palavra é dolorosa porque incide sobre as hipocrisias, desmascara as falsas desculpas, traz à tona as verdades escondidas; mas ao mesmo tempo ilumina e purifica, dá força e esperança, é um reconstituinte preciso no nosso caminho de fé”.

Religiosidade de fachada

O segundo bálsamo para o arrependimento sincero do coração cristão é a Eucaristia que “nos nutre com a própria vida de Jesus e, como um potentíssimo remédio, de maneira misteriosa renova continuadamente a graça do nosso Batismo”.

Ao concluir, Francisco voltou ao cenário de Jesus que dialoga com os fariseus para recordar que, apesar da aliança com Deus e da misericórdia, as orações de Israel eram incoerentes e cheias de palavras vazias, uma ‘religiosidade de fachada’:

“‘Misericórdia é que eu quero’, ou seja, a lealdade de um coração que reconhece os próprios pecados, que se arrepende e volta a ser fiel à aliança com Deus. ‘E não sacrifício’: sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz”. (rb)

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Oração de São Francisco de Assis

São Francisco de Assis
04 de outubro - Santo do dia
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Oração para obter uma semana abençoada!!!


Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. 
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!