Em 1944, o Papa Pio XII instituía para o dia 22 de agosto, a festa do Coração Imaculado de Maria, em harmonia com a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Em 1955 estabelecia para 31 de maio a festa de Maria Rainha, paralela à solenidade de Cristo Rei. O novo calendário, assim como aproximou, para mais perfeito significado, a memória do Coração de Maria da solenidade do Coração de Jesus, da mesma forma, colocando a realeza de Maria a 22 de agosto, oito dias após a Assunção, quis pôr em relevo a estreita ligação entre a Assunção e Glorificação de Nossa Senhora. A realeza messiânica é o estado a que são destinados todos os cristãos, Maria foi a primeira a realizar em si a promessa de Jesus: “Comereis e bebereis à minha mesa no meu reino e sentar-vos-eis em tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Lc 22,28-30).
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" Lc. 1,37-38.
Ainda Lucas, nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante na Divina Comédia.
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos veem em Maria a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina.
A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.
A Base Bíblica: O Antigo Testamento, celebra que a Rainha, não é a esposa do Rei, mas sim sua mãe, em hebraico ‘Gebi Rah’, porque não os reis tinham muitas mulheres. Portanto, Betsabá era considerada a Rainha, por ser mãe de Salomão que era Rei.
Também o Salmo 45,10ss; nos mostra a Rainha dos Céus: "Filhas de reis estão entre suas damas de honra: à tua direita está a rainha em ouro de Ofir...mesmo os povos mais ricos implorarão teus favores. Farei teu nome ser lembrado em todas as gerações: portanto os povos te louvarão para todo o sempre." A personificação desta Rainha, com Maria é vidente já que em Lucas 1,48; Maria é a dita proclamada e lembrada entre todas as gerações.
Mas, nenhuma das outras bases bíblicas, supera a mulher do livro do Apocalipse: "Um sinal grandioso apareceu no céu, uma mulher vestida de sol, com a lua sob os pés, e com uma coroa de doze estrelas na cabeça... Ela deu à luz à um menino, que há de governar as nações com um cetro de ferro... " (Ap. 12,1-5) Neste capítulo, eles deixam claro: Estão falando da Mãe daquele que há de governar todas as nações com um cetro de ferro (Ap 12,5), Jesus. Portanto, estavam falando de Maria. Embora também possa ser dada à Igreja este título. E quem usa uma coroa, é uma Rainha, portanto, João, vê Maria nos Céus com uma coroa, mostrando ser soberana.
ORAÇÃO: Ó Deus, que fizestes a mãe de vosso Filho nossa mãe e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Fonte: Rádio Vaticano
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