sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

4 dicas de como fazer uma boa confissão

1º – Exame de consciência

O primeiro passo para uma boa confissão é o exame de consciência. Se quiser, pode fazer uma lista, para não se esquecer. E esta lista é confidencial, guarde-a num lugar secreto, pois o que anotou é uma coisa entre você e Deus. Mas se não quiser fazer uma lista, pode gravar na memória. Pode-se também, repassar os dez mandamentos para fazer algo sistemático, além de livros que te ajudam no exame de consciência. E uma boa ideia é fazer orações mentais como esses meninos.

2º – Se arrepender dos pecados

O segundo passo para uma boa confissão é sentir a dor dos seus pecados; não significa que tem que chorar, muito menos precisa que realmente sinta dor em algum lugar; somente tem que pedir perdão a Jesus, porque o mais importante é estar arrependido!

3º – Decidir não voltar ao pecado

O terceiro passo para uma boa confissão é o propósito de não voltar ao pecado, e, se muda de vida, esquece que o fez. O que importa não é prometer, mas esforçar-se para melhorar.

4º – Contar todos os pecados ao sacerdote

O quarto passo de uma boa confissão é confessar todos os seus pecados a um sacerdote. Chegado o momento de dizer os seus pecados, se aproxime do sacerdote, peça sua benção, ele fará um pequeno pedido a Deus para que você inicie sua confissão. Ao dizer os seus pecados, caso esqueça, peça ajuda ao padre e não tenha medo nem vergonha, o sacerdote representa Jesus, ele só quer te ajudar. Nessa parte podemos tomar aquela lista confidencial. Depois disso o padre dará a penitência. Não se assuste, não é um castigo, é algo que precisa fazer para terminar de pedir perdão a Deus. Então pedirá perdão a Jesus; e, atenção, será o momento do perdão.
E, ao terminar, estará muito feliz. Jesus prometeu que quando uma pessoa se arrepende, há uma grande festa no céu.
Não se esqueça de cumprir a penitência! E se quiser saber mais sobre o sacramento da confissão, te recomendo a ler duas histórias, que pode encontrar na Bíblia: a parábola da ovelha perdida e a parábola do filho pródigo (Lc 15).
Fonte: http://catequesecatolica.com.br/site/4-dicas-de-como-fazer-uma-boa-confissao/?fbclid=IwAR0ZYDZ7ASVY2cY4eVLTtARMJkBVg4MQjn8oVA3g12BEUuZK7-ennNizXZc

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O Rosário: repetição ou meditação?

Rezar o rosário não consiste somente em dizer um determinado número de vezes o Pai Nosso e a Ave Maria. Temos que meditar, contemplar e admirar interiormente os episódios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo conforme o Rosário.
Tivemos a oportunidade de escutar muitas vezes pessoas que dizem: “Isso de rezar o rosário é muito chato. Ter que repetir Ave Maria… Santa Maria… não sei quantas vezes, não termina nunca! Não tem sentido ficar repetindo as mesmas palavras como um papagaio”. Com leves variações, quase sempre dizem o mesmo. E, claro, não é de estranhar-se que alguém que rosario.jpgestá acostumado a entretenimentos sensacionais ou virtuais, onde a alegria e a diversão vem de imediato, não sinta interesse pelo rosário. É algo natural em nosso contexto atual. Mas em vez de tratar das desvantagens e defeitos a que tendem os entretenimentos baseados, sobretudo, no prazer, consideraremos algo que parece ser muito esquecido, ou talvez ignorado.
Se rezar o rosário nos parece algo monótono e meio pesado, é muito provável que seja porque não o estamos fazendo bem, pois senão que sentido há quando dizemos no primeiro mistério contemplamos… no segundo… e assim por diante. É por isso que rezar o rosário não consiste somente em dizer um determinado número de vezes o Pai Nosso e a Ave Maria. Temos que meditar, quer dizer, contemplar e admirar interiormente os episódios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo conforme o Rosário nos convida, e deste modo não só teremos gosto por rezá-lo mas também teremos encontrado um excelente meio para nossa santificação, pois a alma se assemelha àquilo que admira.
No entanto, pode suceder que alguém não saiba como fazer uma meditação, e certamente há pessoas que tem dificuldade em realizá-la. É justamente o que queremos abordar nestas linhas.
A “composição de lugar”
Uma das coisas mais convenientes para meditar -como o assinalou Santo Inácio em seus célebres exercícios espirituais- é elaborar uma “composição de lugar”, ou seja, imaginar as cenas da vida de Jesus Cristo e de sua Santa Mãe como algo que nós mesmos estamos vendo e desta maneira fazer-nos presentes naqueles momentos, como se vivêssemos neles, vinculando-nos a nossas vidas de maneira especial. Também podemos imaginar algumas particularidades desses fatos como sons, vestidos, cores, o ambiente e o clima do dia em que ocorreram, as fisionomias dos personagens que neles se encontravam, e assim, tudo o que nos ajude a concentrar nossa atenção. Deste modo, meditar já não será uma coisa meramente abstrata e teórica; a meditação se tornará mais fácil.
Já que entramos nesse assunto, nada melhor que exemplificar, pois como reza o sábio adágio “as palavras movem; os exemplos arrastam”. Para isso, aproveitemos a festa da Visitação de Maria Santíssima a sua prima Santa Isabel que a Santa Igreja celebrou no dia 31 de maio -justamente um dos mistérios do rosário- para mostrar uma das inumeráveis maneiras de meditar este episódio, que poderá servir ao longo de nossa vida, e se verá que não é tão fastidioso e difícil como alguns pensam.
Sabemos, pelo Evangelho, que na Anunciação, o Arcanjo São Gabriel diz a Maria Santíssima que sua prima estava no sexto mês de gravidez, apesar de ser estéril. Nossa Senhora sabia que Santa Isabel já era anciã e portanto necessitava de ajuda, e sentiu o desejo de colaborar nos afazeres de sua prima, mãe do precursor de seu Divino Filho: São João Batista. Assim, a Virgem seguindo a inspiração do Espírito Santo viajou para a casa de Santa Isabel. Mas não havia telefone para avisar que iria para lá; nem dinheiro para viajar; nem transporte a não ser um burro que São José conseguiu, e que burro! O burro mais feliz da história: conduziu o Patrono da Igreja, e nada mais nada menos que a Rainha do Céu e da terra.
Nossa Senhora e São José teriam que viajar por um caminho pouco transitado, talvez muito por ladrões que os podiam assaltar em qualquer momento, o que constituía um perigo de morte para todos. O caminho era muito quebrado e desigual,seja pela chuva ou deslizamentos, além do que podia estar todo cheio de barro e não esqueçamos que para eles não havia outro meio que caminhar, de sandálias… Realmente tinha que se pensar duas vezes em fazer uma viagem dessas; quem sabia se iriam voltar, ou pior, se ao menos chegariam a casa de Santa Isabel. Mas, Maria Santíssima que não temia nada por confiar inteiramente em Deus, saiu com toda a pressa, resoluta a cumprir com seu dever. Assim, fizeram todos os preparativos da viagem, apesar de que não havia muito o que levar, e começaram o longo caminho por percorrer.
A princípio foi muito fácil e de quando em quando Nossa Senhora, fruto de sua bondade, pedia a São José que se sentasse no burro no lugar dEla para que ele descansasse um pouco. Mas o Santo não aceitava: sua principal preocupação era a comodidade da Mãe de Deus e não a sua. Apesar disso, teve que aceitar que às vezes Ela descesse do animal e caminhassem juntos.
Em determinado momento tinham que passar por uma perigosa trilha que, por um lado tinha somente rochas, e pelo outro um precipício. Qualquer passo em falso e se acabava a história. Mas São José, muito prudente, analisava bem como fazer para passar; rezava pedindo a ajuda dos anjos, olhava para o burro e se dava conta que seria muito complicado passar com ele. Nossa Senhora deveria desmontar-se do animal o qual ficaria esperando amarrado a uma árvore. São José, colhendo delicadamente a mão de sua Esposa, a ajudou a passar para o outro lado. O terreno era úmido, Ela escorregou, uma pedra noTerco.jpg meio lhe impediu de equilibrar-se, iria cair… mas São José a sustentou e juntos conseguem atravessar o precipício. Agora o burro. A Virgem rezou para que ele não caísse, se caísse, que desastre! Então, Ela rezou e seu Esposo tentou conduzir arriscadamente o burro por aquelas pedras… E até aqui chegamos por hoje.
Podemos imaginar todas as possíveis dificuldades que teve a Sagrada Família no caminho e os inumeráveis percalços que nele puderam suceder, pois ainda que não saibamos exatamente como foi aquele trajeto, podemos estar seguros de que nossa imaginação não chega nem perto do que realmente ocorreu. Não é possível que o que poderíamos chamar de biografia de Deus e de sua Mãe seja menos fascinante que a história humana. Portanto, é lícito que usemos a imaginação para focalizar, o melhor possível, nossa atenção a aqueles fatos que só se poderiam escrever inteiramente por milagre de Deus.
Se o tentamos Deus, vendo nossa boa intenção de conhecer e admirar sua vida, nos dará graças propícias para imaginar e refletir sobre aquilo que a Ele lhe agrada. Se alguém não se convenceu: tente mais vezes, e se ainda assim não o logra, não se desanime nem se impaciente já que Deus prova com diversas dificuldades aqueles que ama.
Assim, quando formos rezar o rosário, recordemos que a imaginação pode ser uma boa amiga para tal, mas por outro lado, não esqueçamos que quando se usa para pensar o que não se deve, então será um dos nossos piores inimigos. E quem sabe se não é pior que o desprezo pela oração.
Fonte: https://www.arautos.org/secoes/artigos/doutrina/rosario

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Sinal da Cruz...


Se você soubesse a importância desta oração, garanto que você a colocaria mais em prática!

*(†) Pelo sinal da Santa Cruz,*
*(†) livrai-nos DEUS, nosso SENHOR,*
*(†) dos nossos inimigos!*
*(†) Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!*

Quando você acorda, você faz sobre si o “sinal da Cruz”? E antes das refeições? E quando vai dormir? Ao menos alguma vez ao dia? Não?! Se você soubesse a importância desta oração, garanto que você a colocaria mais em prática!

Muitas pessoas, não entendendo a importância dessa oração, a fazem de maneira displicente, ficando apenas no gesto, sem a efetiva invocação da Santíssima Trindade.

*O “sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim, uma verdadeira e poderosa oração! É o sinal dos cristãos! Por meio dele muitos santos invocaram a proteção do Altíssimo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos inimigos, e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual.*

*Mas você sabe fazer o “sinal da Cruz”?!*

De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito:

*† Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensamentos ruins, que só nos causam mal.

*† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e para o bem estar do próximo.

*† Dos nossos inimigos (sobre o coração): para que em nosso coração só reine o amor e a lei do Senhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores.

*† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! – É o ato livramento e deve ser feito com a maior reverência, consciência, fé e amor, pois expressa nossa fé no Mistério da Santíssima Trindade, cerne de nossa fé cristã, Deus em si mesmo. Deve ser feito com a mão direita, levando-a da testa à barriga, e do ombro esquerdo ao direito.*

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Campanha da Fraternidade 2019

Política dentro da igreja

Vem aí mais uma Campanha da Fraternidade. Desta feita, eivada de política e de alertas públicos à vida político-partidária de seus fiéis. Vem aí mais uma enxurrada de críticas e discordâncias contra a ação evangelizadora da Igreja, com a velha desculpa de que esta não deve “se meter em política”. Não mesmo? Então, vamos por partes.

Primeiramente, todo e qualquer indivíduo minimamente evangelizado – se preferir, que seja minimamente alfabetizado – tem em sua consciência o modus vivente da ação política. Ou seja: é um ser político. Ou seja, não se exclui da massa política que o rodeia. A vida social e comunitária, obrigatoriamente, exige do indivíduo opções e participações políticas. Igualmente a vida religiosa. Quer queira, quer não, o cristão – por sua opção e por seu seguimento ao mestre da fraternidade – só é autêntico em sua espiritualidade se esta possuir uma ampla visão de seus deveres cívicos, incluindo aí suas opções políticas.

Isto posto, é preciso entender as ciências políticas como qualquer outra, pois dela emanam e nela se inserem as ciências da administração dos bens comunitários, a vida econômica, as ciências sociais, religiosas e morais, bem como todo e qualquer advento da vida pública da qual obrigatoriamente fazemos parte. Então a Igreja nos propõe uma reflexão binária, quase redundante: Políticas Públicas! Binária porque se divide em dimensões estanques, bem definidas. Quase redundante porque se é política é pública; se pública, também é política. Por si, essas diferenciações já dão o que falar.


É fato que nos últimos anos experimentamos uma grave crise de credibilidade política, que por certo abalaram os pilares da democracia representativa. Muitos não se sentiram representados na vida político partidária e assim disseram não ao assunto, excluindo-se ou rebelando-se contra aqueles que os representavam. Tudo muito natural, não fosse essa reação um grave processo de criminalização e descrédito aos movimentos sociais, braço forte de uma democracia sadia. Isso devemos resgatar, salvar. Se tais movimentos incomodam é sinal de estarem trilhando um caminho de justiça e solidariedade. Eis aqui a mais bela face da vida cristã: justiça e solidariedade!

Por tudo isso, o tema bíblico desta campanha nos recorda: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). Quem disse isso? O grande profeta, o mesmo Isaias rebelde e inseguro no inicio de sua caminhada, que se negava a assumir sua missão, que teve a língua queimada por um anjo para que essa se destravasse de sua mudez e então gritasse: “Aqui Estou! Envia-me” (Is 6,8). Dessa opção sofrida, mas consciente, nasceu o maior dos profetas da nossa fé, lembrando que profetismo é uma ação essencialmente política e estritamente pública. Dela derivam o anúncio evangélico e a denúncia contra as mazelas humanas, dentre as quais, a nossa omissão política. Por essa e outras é que não aceito um cristão sem o profetismo político que o faz atuante na vida comunitária. Por essa é que aceito e aplaudo a doutrina social da Igreja. É que vibro quando dos nossos púlpitos e movimentos emanam diretrizes e ensinamentos coerentes com as políticas públicas que conduzem nosso povo. Porque nessa massa estamos todos. Porque fazer crescer a massa também é o processo para se obter o pão de cada dia. E este só será alegremente saboreado quando obtido pela levedura da justiça e do direito de cada um. Isso só uma política pública sadia e consciente poderá nos dar. Assim seja!