sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Cura de um leproso, de corpo e alma: conheça este Milagre de São Francisco de Assis


Como São Francisco curou o leproso de alma e corpo; e o que a alma lhe disse subindo ao Céu.
O verdadeiro discípulo de Cristo, monsenhor S. Francisco, vivendo nesta miserável vida, com todo seu esforço se empenhava em seguir a Cristo perfeito mestre.
De onde advinha frequentes vezes, por divina inspiração, que, de quem ele sarava o corpo, Deus na mesma hora lhe sarava a alma, tal como se lê de Cristo.
Pelo que servia não só voluntariamente os leprosos, mas havia também ordenado que os frades de sua Ordem, andando ou parando pelo mundo, servissem aos leprosos pelo amor de Cristo, o qual quis por nós ser considerado leproso:
Adveio em um lugar próximo ao em que morava S. Francisco, servirem os frades em um hospital a leprosos e enfermos, no qual havia um leproso tão impaciente e insuportável e arrogante que cada um acreditava certamente, e assim o era, estar possuído do demônio.
Porque aviltava com palavras e pancadas tão cruelmente a quem o servisse, e, o que era pior, com ultrajes blasfemava contra Cristo bendito e sua Santíssima Mãe, a Virgem Maria, que por nenhum preço se encontrava quem o pudesse ou quisesse servir.
E ainda que os frades procurassem suportar pacientemente as injúrias e vilanias para aumentar o mérito da paciência, no entanto não podiam em sua consciência sofrer as contra Cristo e sua mãe, resolvendo por isso abandonar o dito leproso.
Mas não o quiseram fazer sem falar antes, conforme a Regra, com S. Francisco, o qual vivia então em um convento próximo dali.
E tendo-lho explicado, S. Francisco foi procurar aquele leproso perverso; e aproximando-se dele, saúda-o, dizendo: “Deus te dê a paz, irmão meu caríssimo”.
Respondeu o leproso com arrebatamento: “E que paz posso ter eu de Deus que me tirou a paz e todos os bens e me fez todo podre e asqueroso?”.
E S. Francisco disse: “Filho, tem paciência; porque as enfermidades do corpo nos são dadas por Deus neste mundo para a salvação da alma, pois são de grande mérito quando suportadas em paz”.
Responde o enfermo: “E como posso suportar com paciência o tormento contínuo que me aflige de dia e de noite? E não somente me aflige essa enfermidade, mas muito pior fazem os teus frades que me deste para me servir, e não me servem como devem”.
Então S. Francisco, conhecendo pela divina revelação que este leproso estava possuído do espírito mau, foi e se pôs em oração e suplicou devotamente a Deus por ele.
E terminada a oração, volta a ele e diz-lhe: “Filho, quero servir-te eu, porque não estas contente com os outros”. “Esta bem, disse o enfermo; que me podes fazer mais do que os outros?” Responde S. Francisco: “Farei o que quiseres”.
Disse o leproso: “Quero que me laves todo o corpo; porque tenho cheiro tão ruim, que nem mesmo eu me posso suportar”. Então S. Francisco mandou ferver água com muitas ervas aromáticas: depois lhe tira a roupa e começa a lavá-lo com as suas mãos, enquanto outro irmão punha-lhe água em cima.
E por divino milagre, onde S. Francisco tocava com suas mãos, desaparecia a lepra e a carne ficava perfeitamente curada.
E quando começou a carne a sarar, também começou a alma a sarar; donde o leproso, vendo-se começar a curar, começou a ter grande compunção e arrependimento dos seus pecados e a chorar amarissimamente.
De modo que, enquanto o corpo se limpava por fora da lepra pela lavagem com água, a alma se limpava por dentro do pecado pela contrição e pelas lágrimas.
E ficando completamente sarado quanto ao corpo e quanto à alma, humildemente reconheceu sua culpa e disse chorando em altas vozes: “Ai de mim, que sou digno do inferno pelas vilanias e injúrias que fiz e disse aos frades e pela impaciência e pelas blasfêmias que disse contra Deus”.
E perseverou por quinze dias em amargo pranto por seus pecados e em pedir misericórdia a Deus, confessando-se ao padre inteiramente.
E S. Francisco, vendo um milagre tão expressivo, o qual Deus tinha operado pelas mãos dele, agradeceu a Deus e partiu-se, indo daí a terras muito distantes: porque por humildadequeria fugir de toda a glória humana, e em todas as suas operações só procurava a honra e a glória de Deus e não a própria.
Pois, como foi do agrado de Deus, o dito leproso, curado do corpo e da alma, após quinze dias de penitência, enfermou de outra enfermidade: e armado com os santos sacramentos da santa madre Igreja, morreu santamente.
E sua alma, indo ao paraíso, apareceu nos ares a S. Francisco, que estava em uma selva em  oração, e disse-lhe: “Reconheces-me?” – “Quem és?”, disse S. Francisco.
E ele disse: “Sou o leproso, o qual Cristo bendito sarou por teus méritos, e hoje vou à vida eterna, pelo que rendo graças a Deus e a ti. Bendito sejam tua alma e teu corpo e benditas as tuas palavras e obras: porque por ti muitas almas se salvarão no mundo.
E saibas que não há dia no mundo no qual os santos anjos e os outros santos não deem graças a Deus pelos santos frutos que tu e a Ordem tua fazeis em diversas partes do mundo: e portanto toma coragem e agradece a Deus e fica com a sua bênção”. E ditas estas palavras subiu para o céu; e S. Francisco ficou muito consolado. 
Em louvor de Cristo. Amém. 
Fonte: I Fioretti – capítulo 25 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Reflexão sobre a oração do Pai Nosso




“Pai Nosso que estais no Céus, Santificado... seja o teu Nome... (Mateus 6:9)
Se em nossa vida não agimos como filhos de Deus;

Se não reconhecermos que tanto o rico como o pobre, o grande e o pequeno, o doente e o que tem saúde, são nossos irmãos, fechando nosso coração ao amor, com certeza, será inútil dizer. “Pai Nosso”.

Se nossos valores são representados pelos bens da terra, e não nos preocupamos em atender as necessidades do próximo, e só pensar em nós mesmos, será inútil dizer. “Que estais no céu.”



Se pensarmos apenas em ser cristãos por medo, tradição, superstição e comodismo, esperando receber de Deus as bênçãos diárias e não vivemos uma vida voltada ao respeito e a honra que só Ele merece, será inútil dizer: “Santificado seja o teu Nome.”

Se acharmos tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades é inútil dizer. “Venha o teu reino.”



A vontade de Deus está fortemente fundamentada em seu grande AMOR por nós, mas se no fundo queremos mesmo é que todos os nossos desejos se realizem.
Será inútil dizer: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”



Se preferimos acumular riquezas, fazendo disso a primeira preocupação da nossa vida, e desprezar nosso irmãos que passam fome, será inútil dizer: “ O Pão nosso de cada dia nos dá hoje.”

Se não nos importamos em ferir, sermos injustos, oprimir e magoar aos que atravessam nosso caminho. É inútil dizer: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”

Se acolhermos sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho certo, será inútil dizer: “E não nos deixei cair em tentação.”



Se por nossa vontade procuramos os prazeres do mundo e tudo o que é proibido nos seduz, também é inútil dizer: “Nos livra-nos do mal.”

Se continuarmos vivendo e agindo como se fossemos a pessoa mais importante e não acertamos que Deus é amor e que Ele só deseja o bem dos seus filhos, será inútil dizer: “Pai teu é o reino, o poder e a glória.”

Mesmo sabendo que Deus é nosso Pai, que nos ouve, nos aceita como somos, nos perdoa e que nos dar a libertação dos pecados e conceder-nos a vida eterna, e ainda assim, continuamos nos omitindo e nada fazendo para nos modificar, será completamente inútil dizer: “Para sempre, Amém.”




Escrito por Maria Aparecida Fernandes (Cida)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Conheça um pouco sobre a história de Nossa Senhora Aparecida

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Paróquia São José - São José do Alegre/MG 
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Conheça um pouco sobre a história de Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil rogai por nós.

Após cerca de 17 dias de viagem, a 12 de outubro de 1717, chegava o governador e Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá.

Os manuscritos da época relatam que:

“A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguaense, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede de rasto tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse. A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

E, continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

Após limpar e recompor a imagem os pescadores a levaram para as suas casas; mas verificaram-se alguns sinais milagrosos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Certa vez, durante uma dessas práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.

O Padre José Alves então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela para satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Depois esta capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte).

Em 1846 foi iniciada a construção de templo maior, que ainda em Aparecida do Norte. No ano de 1980 foi abençoada a nova e grande Basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro.
(Conhecendo um pouco mais sobre Nossa Senhora Aparecida)


ESTA CHEGANDO O DIA DE NOSSA SENHORA 




Em 1846 foi iniciada a construção de templo maior, que existe em Aparecida do Norte. No ano de 1980 foi abençoada a nova e grande Basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro.

Em 1884 a Princesa Isabel doou uma coroa a Nossa Senhora Aparecida. Com a doação desta joia, a princesa pagava uma promessa feita a Maria Santíssima, em que pedira, em 1868, um herdeiro para o trono. Sete anos após ter feito o pedido, a princesa Isabel deu à luz D. Pedro de Alcântara.

Em 1884 a princesa retornou a Aparecida com a coroa e com os três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Felipe e D. Antônio. A Coroação deu-se em 1904.

Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Presidente da República Washington Luiz, e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.
(Conhecendo um pouco mais sobre Nossa Senhora Aparecida)

Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil rogai por nós.